Análise de Faturas de Energia: Como Reduzir Custos e Aproveitar a Autoprodução
As faturas de energia – gás ou eletricidade – contêm muita informação, nem sempre bem percebida pelo público em geral, mas que importa conhecer. Nalguns casos, podemos estar a gastar mais do que seria necessário.
Na generalidade dos casos, o recurso a autoprodução de energia permite um alívio quase imediato neste custo mensal, na medida em que geramos a nossa própria eletricidade (e até podemos vender o excedente à rede): desta forma, vamos poupar na energia fornecida de forma direta, e noutros custos, nomeadamente as tarifas de acesso à rede, de forma indireta.
Informações que a fatura de energia deve conter:
- A potência contratada, incluindo o preço;
- Os consumos reais e os estimados (as quantidades associadas);
- O preço da energia e as tarifas aplicáveis à venda e ao consumo de energia (preço unitário e total);
- O valor total e desagregado da tarifa de acesso às redes;
- O período de faturação;
- As taxas e os impostos aplicáveis, discriminados;
- As condições, os prazos e os meios de pagamento;
- As consequências pela falta de pagamento;
- Os custos de interesse económico geral (CIEG);
- A diferença entre o valor pago e o que pagaria se tivesse a tarifa regulada (transitória);
- As datas e os meios para a comunicação de leituras por parte dos clientes.
A fatura deve ainda incluir informação sobre:
- Outros serviços prestados, se for o caso;
- Emissões de CO2 correspondentes à energia consumida e faturada;
- Contactos do fornecedor;
- Contactos para comunicar avarias e emergências;
- Valor (em %) das fontes de energia primária utilizadas na produção de eletricidade (eólica, hídrica, gás natural, carvão, etc.).
Mercado Livre e Mercado Regulamentado:
Mercado livre: O valor final a pagar resulta da soma das tarifas de acesso às redes, definidas pela ERSE e aplicáveis a todos os consumidores, com o valor de comercialização da energia, livremente acordado entre o comercializador e o cliente, acrescida do IVA e de outras taxas em vigor.
Mercado regulado: O valor final a pagar resulta da soma das tarifas de acesso às redes, definidas pela ERSE e aplicáveis a todos os consumidores, com as tarifas de energia e de comercialização, que, neste caso, também são determinadas pela ERSE, acrescida do IVA e de outras taxas em vigor.
Tarifa de Acesso às Redes em BTE:
TARIFA DE ACESSO ÀS REDES EM BTE | PREÇOS |
---|---|
Potência | EUR/(kW.dia) |
Horas de ponta | 0.4964 |
Contratada | 0.0553 |
Energia ativa | EUR/kWh |
Horas de ponta | 0.0409 |
Horas cheias | 0.0369 |
Horas de vazio normal | 0.0295 |
Horas de super vazio | 0.0238 |
Energia reativa | EUR/kvarh |
Indutiva | 0.0318 |
Capacitiva | 0.0243 |
Como a Buildness Energy pode ajudar:
A equipa da Buildness Energy está capacitada para ajudá-lo a analisar as suas faturas, ajudando a perceber onde pode reduzir custos e apoiando na instalação de sistemas de autoprodução com base em centrais fotovoltaicas, que podem ajudá-lo a atingir poupanças na casa dos 30%.
Algumas dicas para poupar na fatura de energia:
- Potência contratada: O valor da potência contratada é geralmente determinado pelo consumidor, com base nas suas necessidades de consumo energético, mas muitas vezes esta é uma análise empírica, que pode ser ‘afinada’. Desde logo, deve procurar avaliar as necessidades do consumo energético da sua empresa, considerando o número de equipamentos elétricos e a frequência de uso. Pode consultar o seu comercializador, ou recorrer simuladores de consumo, nomeadamente da ERSE, para escolher a potência ideal para cada perfil de consumo. A potência contratada é tanto mais cara, quanto mais elevada.
- Consumos reais e estimados (as quantidades associadas): É conveniente fornecer regularmente ao comercializador a leitura do consumo do contador, porque nem sempre a fatura reflete o consumo efetivo. Podemos estar a pagar mais do que gastamos, ou menos, correndo o risco de receber a prazo um ‘acerto’ em alta. O consumo é também algo que pode ser ‘afinado’ para melhorar o seu preço. É importante analisar que equipamentos tem na empresa, como se distribui o seu uso no tempo, e que alternativas mais eficientes existem. Falamos de equipamentos como lâmpadas, por exemplo, ou de aquecimento, mas também de outros, como frigoríficos, fornos, etc que, quando melhor classificados em termos de eficiência energética, menos consomem.
- Preço da energia (ativa) – unitário e total: Este é talvez o ponto onde tem mais margem para tomar decisões no mercado liberalizado, uma vez que, no regulado, o preço da energia é fixado pela ERSE. Há dezenas de comercializadores de energia, que pode consultar no site da ERSE, mas tenha em conta que nem sempre o mais barato é, necessariamente, o mais fiável. A ERSE também disponibiliza simuladores para o preço da energia, incluindo, gás, eletricidade e eletricidade+gás. Neste capítulo, tem ainda outra possibilidade de poupança potencial: negociar com o seu comercializador uma tarifa de prazo mais longo, fixando assim este preço por um determinado período, o que lhe traz previsibilidade e estabilidade, um pouco como acontece com as taxas fixas no crédito habitação – ‘trancar’ um preço, independentemente das oscilações do mercado, o que é aconselhável sobre em períodos de instabilidade geopolítica suscetíveis de afetar custos de produção.
- O valor total e desagregado da tarifa de acesso à rede: As tarifas de acesso à rede são custos cobrados aos consumidores para financiar as infraestruturas e os serviços necessários para o fornecimento de eletricidade e gás, que são fixados pela ERSE anualmente e são pagos de igual modo por clientes no mercado regulado e no mercado liberalizado, incluem o uso global do sistema, o uso das redes de transporte e distribuição, além dos custos de interesse económico geral (CIEG). Nas tarifas de acesso à rede, que podem pesar cerca de 30% no total da fatura, podemos obter poupanças significativas recorrendo à autoprodução de energia, pois a eletricidade gerada por uma central fotovoltaica não paga este custo.
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Perante toda a informação, conclui-se que é possível gastar menos na conta da luz, que tipicamente pesa 10% a 20% nos custos de uma empresa.
Na Buildness Energy, estamos disponíveis para o apoiar nesta missão de olhar para a fatura e perceber onde estão ‘gorduras’, para que possa reduzi-las ou eliminá-las, assim sobre a oportunidade de instalar uma central de produção elétrica com base em painéis fotovoltaicos, no quadro da nossa parceria exclusiva com a EDP Comercial.
As opções técnicas são várias e pode comprar a central – rentabilizando este investimento em poucos anos – ou deixar a EDP Comercial fazer esse investimento, ficando a pagar um valor a ajustar em contrato. Uma coisa é certa: com a Buildness Energy, vai poupar dinheiro, libertando liquidez para outros investimentos, a bem da sua empresa.