Quando pensamos em empreendedorismo, rapidamente nos vem a mente alguém que percebe de oportunidades de negócio e elabora os meios para transformar ideias em produtos e serviços. O empreendedor seria então, uma pessoa que faz acontecer. Se pensarmos bem, estamos diante da realidade das PMEs.
Portugal é o segundo país da União Europeia onde o peso das PMEs é mais elevado, atrás apenas de Itália, segundo revelam os dados divulgados pelo Eurostat. Já em 2018, as PME foram responsáveis por 60% da riqueza (valor acrescentado bruto) do país, empregavam 78% das pessoas no ativo e geraram 56% do volume de negócios total das empresas a operar em Portugal.
O Facebook revelou também este ano o resultado do primeiro relatório, intitulado de “Global State of Small Business Report”, sobre o impacto da Covid-19 nas pequenas e médias empresas (PMEs). Em relação a Portugal, 36% das PMEs “garantem que a falta de dinheiro em caixa vai ser o próximo principal problema, e 23% das empresas já tiveram de reduzir o número de colaboradores”. Além disso, “23% das PMEs portuguesas confirmam que pararam a atividade“.
Mas as pequenas e médias empresas continuam a apresentar grandes possibilidades de crescimento económico, consoante a aplicação do empreendedorismo e do seu output inovador. Se ligarmos estas duas vertentes assistimos a grandes impactos no seu crescimento.
Não é de hoje que o empreendedorismo se tem manifestado como uma das mais eficientes ferramentas para a transformação do mundo. Todas as empresas possuem características que podem sempre ser potencializadas, de maneira a conduzir uma empresa de sucesso, tais como:
- Deve ser persistente – para alcançar o sucesso é preciso ter paciência e não desistir dos seus objetivos, pois mesmo diante de grandes dificuldades existe a disposição para mais uma tentativa.
- Procura de resultados a longo prazo– as empresas devem aprender que isso é um processo contínuo e que os resultados surgirão ao longo do tempo. É necessário um desenho claro da visão de futuro, considerando os objetivos de curto, médio e longo prazo mostrando compreensão do caminho de sucesso e transmitindo confiança a todos os envolvidos.
- Métodos e processos bem definidos– Através da compartilha interna. Os métodos e processos serão aprimorados e todos os colaboradores terão oportunidades de aprender coisas novas, proporcionando evolução do capital humano e do negócio como um todo.
- Gestão de pessoas– fundamental para todos os tipos de negócio manter uma excelente gestão de pessoas, onde os colaboradores rendem mais, a empresa cresce mais rápido e as coisas acontecem de forma positiva.
- Riscos calculados– As empresas têm de ter a perceção dos limites e alternativas que permitam aceitar desafios e ir além no atendimento aos objetivos propostos. As empresas que calculam os riscos do seu negócio saem na frente e desenvolvem soluções para reduzir as hipóteses de erros e aceitar desafios moderados, tendo boas hipóteses de sucesso.
- Qualidade e eficiência– A empresa deve estar sempre disposta e fazer mais e melhor. O seu foco é a contínua melhoria de seu negócio, seja através de ofertas de produtos ou de serviços. A satisfação de seu cliente vem sempre em primeiro lugar, e a gestão da qualidade é o seu foco.
- Querer sempre mais– Uma empresa deve procurar sempre mais, ao criar novas oportunidades, reinventando-se e expandido os seus horizontes. Se não tiver o espírito de querer alcançar sempre algo melhor estagnará.
Pequenas empresas, ou mesmo empresas em início de atividade, atendendo à sua capacidade de adaptação, estão preparadas para acolher os nichos de mercado, desenvolver novas tecnologias e formas de atuar, elevando a sua competitividade, e compelindo outras empresas a encontrar alternativas para melhor as suas funções no mercado.
Com a globalização, surgem novas tecnologias de informação e comunicação. As empresas que inovam têm provavelmente um crescimento mais elevado do que as empresas que não o façam. Assim as PME no seio da economia global tornaram-se extremamente vitais no seu progresso.