Portugal e Espanha foram pioneiros na criação de um mercado comum de energia. O chamado Mercado Ibérico de Energia (MIBEL) começou a funcionar em 2007, integrando os mercados de eletricidade dos dois países, promovendo a concorrência e mais eficiência no setor elétrico da região.
O acordo assinado pelos dois governos tinha como principal objetivo facilitar a troca de eletricidade entre os dois países, promovendo a concorrência e a eficiência no setor, assim como as interligações ibéricas, com o objetivo de baixar preços entre as prioridades.
É que preços mais baixos na energia reforçam a competitividade das empresas, em especial as que recorrem a grandes volumes de energia para a sua operação – caso das vidreiras, cimenteiras, siderúrgicas, etc.
Por outro lado, preços mais baixos beneficiam as famílias.
Gerido pelo OMIE – Operador do Mercado Ibérico de Energia), o MIBEL permite que produtores, distribuidores e consumidores de eletricidade negociem a compra e venda de energia elétrica num mercado organizado.
Neste mercado, os preços da eletricidade são determinados com base na oferta e procura, e publicados diariamente pelo OMIE.
A integração dos dois mercados numa plataforma comum contribui para mais eficiência na gestão da produção e distribuição de eletricidade, a cada momento, sendo usadas as centrais com menor custo marginal em cada momento.
Esta operação tende também estabilizar os preços da energia, havendo estudos que mostram que os preços no MIBEL tendem a ser mais baixos e estáveis face a outros mercados europeus, como o francês e o alemão, também devido à presença de energias renováveis no chamado mix de produção.
Com a liberalização dos mercados que o MIBEL trouxe consigo, as empresas passaram a escolher livremente seus fornecedores de energia, em função de preços ou outras variáveis, sendo que os preços são mais transparentes, porque podem ser avaliados a qualquer momento.
Por fim, este mercado trouxe mais estabilidade e segurança no abastecimento de energia, reduzindo o risco de interrupções.