Mudança climática, escassez de petróleo e poluição do ar. Existem cada vez mais desafios ambientais sendo a redução das emissões de CO2 uma das vias para um futuro mais sustentável. Nesse cenário de procura por práticas menos agressivas à natureza, a mobilidade elétrica ganha cada vez mais destaque. Eleger meios de transporte elétricos espelha, não só a preocupação para com o ambiente, mas também para com o bem comum, diminuindo o nível de poluição atmosférica e sonora nos meios urbanos.
Através do incremento da mobilidade elétrica torna-se cada vez mais possível as pequenas e médias empresas (PMEs) conquistarem certos benefícios:
‐ Diminuição do consumo de combustíveis fósseis e uma melhoria da eficiência energética nos transportes
‐ Redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) cumprindo os compromissos das alterações climáticas
‐ melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas com a redução de partículas, poluentes, e ruído locais
‐ Viabilizar o armazenamento de energias
‐ Criar possibilidades para o desenvolvimento económico e a inovação.
Se o carregamento for realizado durante a noite, as emissões vão ser, na maioria das vezes, completamente limpas, pois é feito o aproveitamento dos excedentes das energias renováveis. Mas, mesmo se o carregamento for feito durante o dia, mais de 60% da energia elétrica produzida em Portugal resulta de fontes renováveis. Vários municípios oferecem condições vantajosas para estacionamento destes veículos. Para as empresas, incluindo as pequenas e médias empresas, estas são isentas de Tributação Autónoma em sede de IRC e o IVA – Imposto de Valor Acrescentado é dedutível. Quanto a circulação de veículos nos centros urbanos na sua grande maioria, são exceção a essas regras, sendo autorizada a circulação e/ou estacionamento nas zonas de exclusão.
Assiste-se a um crescimento dos veículos 100% elétricos, onde as vendas destes (BEV-Battery Electric Vehicle) aumentaram 32% em abril mostrando assim um crescimento cada vez maior. Venderam-se em abril 941 BEV contra 713 BEV em março do ano passado. Este aumento considerável estará associado com a grande oferta de novos modelos, em diferentes segmentos de mercado, mas também nas marcas que lançaram agora a sua oferta elétrica.
Observando este ano de 2021 todas as categorias de veículos elétricos (BEV+PHEV), mesmo com as restrições impostas pela pandemia da covid-19, é possível perceber como o mercado dos Veículos Elétricos continua a crescer de uma forma sustentada. Se falarmos apenas de automóveis ligeiros de passageiros, os Veículos Elétricos (VE) apontam um crescimento de 354% no mês de abril de 2021. No total do ano de 2021, as vendas dos ligeiros de passageiros elétricos representam um aumento de 38.3%.
Se olharmos para as marcas de ligeiros de passageiros, o primeiro lugar vai para a Nissan (194 unidades vendidas), seguida da Volkswagen (109), e da Mercedes-Benz (88).
Quanto ao carregamento das suas baterias é necessária uma fonte de alimentação externa, por isso, é importante saber qual o modo de carregamento a escolher:
Modo 1: realizado em uma tomada que não é específica para os veículos elétricos, ou seja, quando o V.E. é conectado a uma tomada doméstica (Schuko), como a que utilizamos para outros eletrodomésticos.
Modo 2: utiliza um sistema elétrico monofásico e é executada com uma potência inferior a 3,7kW. O é conectado à rede elétrica por meio de “cabo de carregamento” correspondente para fornecer segurança ao carregamento.
Modo 3: para todos os tipos de viaturas elétricas, este modo de carregamento necessita de um posto de carregamento, denominado WALLBOX, o qual conta com diversas proteções para a segurança tanto do sistema elétrico da rede quanto do veículo.
Modo 4: feito numa estação fora de casa e permite-nos recarregar pelo menos 80% da bateria em menos de 30 minutos.
O conceito de Mobilidade Urbana está em constante evolução graças a aliança da mobilidade e da tecnologia. Mesmo vivendo numa situação de grande incerteza, devido a pandemia que atravessamos, mostra-se evidente que os cidadãos estão mais e mais atentos aos problemas que a mesma pandemia expôs: a poluição sonora e atmosférica nas grandes cidades, e os prejuízos que representam para a saúde das pessoas, para o meio ambiente, e por fim para o nosso futuro sustentável.