PMEs – Desafios e estratégias no novo quadro económico

Neste momento as pequenas e médias empresas (PME), e todo o tecido empresarial- empresários, decisores e gestores, têm sido especialmente impactados pela crise da covid-19. Como resposta, há uma grande necessidade de liderança, visão e adaptação. E é neste quadro que as PMEs se apresentam, mostrando resiliência para enfrentar situações como crises económicas e pandemias.

Esta crise veio assim trazer a urgência de novas estratégias de longo prazo, tanto a nível nacional como europeu. Estratégias estas que passem por uma aumento de diversidade, pois este crescimento leva ao desenvolvimentos de outros setores. Para isso, é necessário criar condições para estas situações.

Portugal é o segundo país da União Europeia, atrás da Itália, onde as PME têm uma maior influência na economia representando 99,3% do total de empresas, de acordo com dados do Eurostat. E segundo o Pordata, mais de 25% dessas mesmas, fazem parte do setor do Comércio por Grosso e a Retalho ou ao Alojamento, Restauração e Similares, mostrando assim a dimensão do desafio que temos pela frente.

Nuno Mangas, presidente do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), falou com o Jornal de Negócios afirmando que “Portugal tem um tecido empresarial mais resiliente e informado onde as empresas de pequena e média dimensão estão a melhorar os seus processos de gestão, produtividade e de marketing, com orientação para os mercados externos e cada vez mais colaborativas com o sistema de conhecimento e tecnológico, e ativas em projetos de transformação digital. As PME são as principais impulsionadoras da economia europeia e da economia portuguesa”.

Segundo o Relatório anual das PME 2018-2019 da Comissão Europeia, as PME em Portugal apresentam-se como empresas inovadoras, onde 66,4% participam em processos de inovação de produto, serviço, organização e marketing, o que faz com que seja o valor mais elevado da Europa, que se fica pelos 49,5%.

Este contributo das PMEs portuguesas em diferentes vertentes faz com o seu papel no futuro da economia portuguesa seja cada vez maior.

Um estudo realizado pela Comissão Europeia aponta alguns problemas que as pequenas e médias empresas têm à sua frente, como a falta de competências, a pesada carga administrativa, e o acesso a financiamentos. E estes problemas são igualmente uma realidade em Portugal, onde surgem desafios como os da internacionalização, a adaptação a uma nova era digital e integração dos seus produtos nos novos conceitos da Indústria 4.0.

Esta realidade, com o quadro económico que Portugal tem enfrentado, vem mostrar que as empresas necessitam de reduzir a sua dependência do mercado interno, apostando mais no internacional, dando assim uma resposta aos novos desafios e indo ao encontro da própria sustentabilidade no futuro.

Mas estes desafios podem variar consoante a realidade de cada empresa, pois existem os que vão aparecer ao longo da vida de uma PME como a redução de custos, eficiência energética, aumento de produtividade, formação de recursos humanos, entre outros.

É preciso que as empresas pensem então num planeamento estratégico a longo prazo, e não apenas com o foco a curto e médio prazo, pois isso faz com que se traduza num plano mais operacional e limitado. O objetivo é oferecer um serviço eficiente e eficaz, o que por consequência vai trazer as empresas uma vantagem competitiva.

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