Qual a importância da transição energética das empresas?

A energia elétrica ocupa um lugar fundamental hoje em dia, em virtude da possibilidade de ser produzida através de fontes renováveis, bem como devido à sua capacidade de armazenamento e flexibilidade no transporte, distribuição e consumo, e as possibilidades de descentralização.

Mas a transição energética e a digital estão interligadas. A digitalização é responsável por contribuir com soluções para diversos desafios na geração, transmissão e distribuição de energia. A conetividade possibilita o ganho de eficiência e também a recolha de dados que podem ser úteis para o negócio.

Não há dúvida que a transição energética é o futuro, e o uso de fontes renováveis apresenta um importante fator para esta transformação, estimando-se que 40% da geração de energia em todo o mundo provenha de fontes renováveis até 2040. Esta transição está a levar-nos para um universo mais elétrico e com uma produção energética mais distribuída, o que possibilita uma gestão significativamente mais eficiente, desde a geração até ao consumo.

Com o passar dos anos temos vindo a assistir a um aumento de fontes de energia de origem renovável, com o peso da produção da energia elétrica em Portugal de 30.3% em 2000 para 55.4% em 2020. Com este aumento podemos perceber o grande investimento que houve na produção eólica, fenómeno que agora vemos a acontecer com a energia fotovoltaica.

Mas é preciso ter em conta a importância das evoluções tecnológicas, pois sem as mesmas a transição energética não seria possível, porque possibilitam capacidades de digitalização de qualquer processo ou ambiente de negócios, algo que, até há pouco tempo, era impensável.

António Costa afirma ser “um exemplo de excelência de que a transição digital e [a transição] energética são mesmo uma transição gémea e têm de andar mão na mão, uma com a outra, sendo uma oportunidade extraordinária para um desenvolvimento económico mais sustentável e para a criação de emprego de melhor qualidade e emprego mais qualificado”.

Nesta era da transformação digital, o grande tema da transição energética e energia fotovoltaica viu a sua urgência reforçada pela crise pandémica da Covid-19, e as empresas portuguesas têm trabalhado para isso através de painéis solares, mobilidade elétrica e redução das emissões de gases de efeito estufa.

Como afirmou recentemente Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, “o planeta não pode esperar mais”, mas “ainda estamos a tempo: com a implementação de ações concretas e imediatas de redução da pegada ecológica, é possível parar a atual destruição do planeta e assegurar a sua sustentabilidade, deixando um melhor legado para as gerações futuras”.

Para reduzir as emissões de CO2, de maneira a limitar o consumo excessivo de recursos do planeta e as mudanças climáticas, é necessária uma transição de energia fóssil para fontes de energia renováveis. E para as empresas, esta transição energética é uma importante oportunidade para passarem a produzir localmente a sua própria energia limpa, ter processos produtivos mais eficientes e a aplicar modelos de economia circular. Estas medidas por parte das empresas podem potencialmente atingir 90% das reduções de carbono necessárias.

À medida que a transição avança, as empresas que apresentem estratégias de longo prazo bem executadas, bem como um plano bem delineado, irão distinguir-se ao inspirarem confiança de que irão navegar esta transformação global.

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin

Notícias Recentes