A conveniência em transferir aplicações de um ambiente computacional para outro com segurança e rapidez tornou-se essencial para negócios e equipas de desenvolvimento e operações. E foi concretizada pelo conceito de contentorização, que resolve esse problema, encapsulando as aplicações numa estrutura isolada e portátil.
Kubernetes e Docker
São duas tecnologias diferentes que funcionam bem em conjunto para a compilação, entrega e dimensionamento de aplicações contentorizadas.
Docker
Criado por uma empresa homônima e lançado em 2013, é possível definir essa aplicação como um software de código aberto e alto desempenho, que facilita a implantação automatizada de contentores e outras aplicações dentro de servidores.
De desktop a cloud, o Docker é considerado padrão e a ferramenta mais popular: é utilizado por milhões para construir e compartilhar aplicações contentorizadas. Para se perceber a dimensão do volume, 30% das empresas usavam Docker em ambientes AWS, em 2019.
Embora o Docker forneça uma norma aberta para empacotar e distribuir aplicações contentorizadas, as potenciais complexidades podem somar-se depressa.
Kubernetes
O Kubernetes foi desenhado para facilitar a implantação de gestão de contentores em larga escala, fazendo com que a criação e dimensionamento desses pacotes seja mais rápida e eficaz. Tal como o Docker, é uma plataforma de código aberto, e tem como propósito principal fazer o controlo dos locais em que serão executados os contentores.
Apesar da sua complexidade, os seus principais benefícios são a alta disponibilidade, autoescalabilidade e um forte ecossistema, o que faz com que o Kubernetes seja normalmente levado em consideração pelas instituições que pretendem automatizar a gestão de seus contentores.
Com o Kubernetes, pode orquestrar um cluster de máquinas virtuais e agendar a execução de contentores nessas máquinas virtuais com base nos recursos de computação disponíveis e nos requisitos de recursos de cada contentor.
Vantagens do Docker e do Kubernetes para empresas
– O Kubernetes permite o agendamento da execução de contentores em máquinas virtuais, considerando os requisitos preestabelecidos dos recursos para cada um dos pacotes.
– Esta plataforma automatiza também processos como a reinicialização e a replicação de contentores.
– A utilização do Docker, como exemplo, permite a diminuição do tempo de deploy, ao permitir o empacotamento dos aplicativos.
– O uso dessa plataforma prescinde da necessidade de ajustes serem realizados no ambiente de aplicação dos contentores.
– É possível ter softwares disponibilizados num tempo muito mais pequeno do que em virtualizações feitas por procedimentos mais convencionais.
– A modularidade faz com que seja possível que os desenvolvedores adicionem funcionalidades e façam atualizações nos softwares sem a necessidade de interrompê-los.
Trabalham melhor em conjunto
Já percebemos que Docker e Kubernetes podem trabalhar juntos, permitindo que softwares rodem com mais confiança quando movidos de um ambiente computacional para outro.
O Kubernetes oferece o potencial de orquestrar e gerir todos os recursos de contentores num único plano de controlo, e o Docker fornece uma norma aberta para empacotar e distribuir aplicações nesses contentores. É fazível executar uma compilação do Docker num cluster do Kubernetes, o qual não é, por si só, uma solução completa.